A. DEUS ESTÁ DISPOSTO A INTERVIR, EM MEIO À VIOLÊNCIA
1. Quando a violência propagou-se na terra, Deus interviu.
Gênesis 6:11 diz: "A violência dominava a terra. Aos olhos de Deus, a terra estava completamente corrompida."
A violência propagou-se, à semelhança de um vírus ou de uma epidemia. Esta disseminou-se a tal ponto que Deus decidiu intervir para exterminá-la.
2. Os anjos detiveram os perversos de Sodoma.
Os malvados habitantes de Sodoma e Gomorra queriam fazer violência ao visitante celestial (o anjo) e a Ló. Deus interviu. Leiamos: "...Pois vamos fazer com você coisa pior do que com eles! E avançaram contra Ló, dispostos a arrombar a porta e invadir a casa".
"Mas os hóspedes fizeram Ló entrar depressa em casa e fecharam a porta." - Gênesis 19:9, 10.
B. EM NOSSOS DIAS DE MUITA VIOLÊNCIA NO SEIO DA FAMÍLIA, DEUS ESTÁ DISPOSTO A INTERVIR.
A epidemia da violência tem chegado também às famílias cristãs. Neste momento há esposas, meninos, meninas e jovens que estão sendo objetos de abuso e violência nos próprios lares, que estão à beira de total desintegração. Quão oportuno e alentador é saber que Deus intervirá, assim como o fez no passado. Hoje o fará também. II Samuel 22:49.
Agora estudaremos a violência sob quatro aspectos:
Primeiro, os fatores que geram a violência.
Segundo, os efeitos da violência nas crianças.
Terceiro, a violência na vida adulta.
Quarto, a intervenção oportuna, para acabar com a violência e ensinar que o melhor é a prevenção.
I. OS FATORES QUE GERAM UM ESTADO DE VIOLÊNCIA NA FAMÍLIA
A. A VIOLÊNCIA NA MÍDIA E A TV
De cada 100 cenas apresentadas, 90% são atos de violência de adultos contra adultos, de adultos contra jovens e crianças e de crianças contra adultos, quebrando todas as barreiras do respeito à vida e à família.
B. FALTA DE CONTROLE E PREPARAÇÃO DAS MÃES E DOS PAIS.
Muitas mães e pais não conhecem outros meios de mostrar sua desaprovação ou descontentamento contra alguma conduta de seu cônjuge ou de seus filhos, a não ser aplicando o castigo físico, além de agredir emocionalmente, usando palavras duras uns contra os outros, gerando assim uma reação em cadeia sem controle.
C. AS TRANSFERÊNCIAS CONTÍNUAS DAS FAMÍLIAS DE UM LUGAR PARA OUTRO
Em nossa comunidade cristã algumas famílias estão constantemente mudando-se de um lugar para outro. Tanto os pais como os filhos não têm oportunidade de:
1. Criar laços duradouros de amizades sadias, não apenas na vizinhança, como também na escola e na igreja.
2. Cria um ambiente de insegurança e stress perguntando-se os filhos:
• Como será a nova cidade para onde iremos?
• Será que teremos bons amigos como aqui?
D. AS DROGAS E O ALCOOLISMO CONTRIBUEM PARA A VIOLÊNCIA E O ABUSO FAMILIAR
São removidas as inibições e afloram sentimentos e ódios estranhos que se tornam incontroláveis.
E. QUANDO A VIOLÊNCIA SE INSTALA, PROPAGA-SE, E É COMO O INCÊNDIO, O VÍRUS, COMO UMA EPIDEMIA.
II. OS EFEITOS DA VIOLÊNCIA NAS CRIANÇAS DEIXA SEQÜELAS PARA A VIDA ADULTA
A. ESTAS PESSOAS FICARÃO INCAPACITADAS PARA ESTABELECER RELAÇÕES DURADOURAS E SATISFATÓRIAS COM OUTRAS PESSOAS
1. Elas terão problemas de relacionamento:
a) Com seus superiores.
b) Com sua própria família.
c) Com seu cônjuge.
d) Com seus filhos.
e) Com a sociedade.
B. EXPERIMENTARÃO NA VIDA ADULTA DISFUNÇÃO CONJUGAL E SEXUAL
C. FACILMENTE SE VERÃO INFLUENCIADAS PELA PROMISCUIDADE E A PROSTITUIÇÃO
D. APARECERÃO ENFERMIDADES FÍSICAS E EMOCIONAIS NA VIDA ADULTA
1. Serão pessoas altamente depressivas e instáveis.
2. Não terão estrutura emocional suficiente para enfrentar e superar problemas na vida.
3. Terão uma forte tendência ao suicídio e mais tarde à agressividade, capaz de levá-los a ser homicidas.
III. A VIOLÊNCIA NA VIDA ADULTA - EPIDEMIA DO SÉCULO XXI
A. COMO SURGE A VIOLÊNCIA NESTA ETAPA DA VIDA?
1. Aparece na idade adulta com maior intensidade.
As crianças que sofreram abuso e violência na infância, ao se tornarem adultos e formarem seus lares, aflorar-lhes-á a tendência de converter-se em abusivos e violentos. Reagem da mesma maneira como tratados por seus pais, atingidos ainda mais pelas circunstâncias negativas que os rodeiam.
2. O que os investigadores descobriram sobre a violência.
Os investigadores e os psicólogos demonstraram claramente que existe uma íntima relação entre as gerações. Há dez anos estes investigadores disseram que: "A violência é transmitida de uma geração a outra; esta assemelha-se a um vírus, a uma epidemia".
a) De uma investigação de 1000 famílias, 60% deles eram violentos e agressivos. Descobriu-se que as características de abuso e violência manifestados nestes 60% foram muito semelhantes a seus avós e tataravós. Este estudo completou-se quando foi analisado o comportamento destas mesmas famílias e se comprovou que as atitudes de abuso e de violência eram reproduzidas neles.
IV. O CICLO DA VIOLÊNCIA PODE SER ROMPIDO COM A INTERVENÇÃO
A. QUANDO NÃO INTERVIR
A tradição existente na sociedade, de não permitir que se intervenha nos assuntos familiares, é saudável quando a família funciona bem.
B. INTERVENÇÃO, QUANDO A VIOLÊNCIA ESTÁ INICIANDO. HÁ TENSÃO
Quando o abuso e o maltrato físico estão presentes. Não intervir serve apenas para agravar o mal, tolerar o abuso e proteger o agressor.
1. Como romper o ciclo da violência com a intervenção?
a) O conhecimento do caso é vital. Inteirar-se em que consiste o abuso e como este afeta a vítima.
b) Reconhecimento. Ajudar o agressor a reconhecer a necessidade de controlar seu temperamento agressivo, e também sua absoluta responsabilidade pelo que fez. Deve-se ajudar o agressor a escolher um comportamento não violento.
c) Pedir ajuda. A vítima deve saber que pedir ajuda, é tomar uma atitude contra a agressão, e que isto não significa destruir a família.
C. A INTERVENÇÃO QUANDO A VIOLÊNCIA É CONSTANTE E AUMENTA EM INTENSIDADE
1. A ajuda externa deve ser concedida urgentemente. A vítima deve saber que pode receber apoio, se ela informar o ocorrido às seguintes instâncias:
a) A comunidade.
b) A igreja, a seu pastor.
c) Seus amigos
d) A polícia.
e) A equipe médica mais próxima.
f) Aos professores.
2. A vítima deve sair de casa temporariamente. Para proteger sua vida, a vítima deve ser aconselhada a sair de casa temporariamente e não regressar, até que alguma autoridade avalie a situação e lhe dê a segurança necessária para reunir-se novamente com sua família.
D. INTERVENÇÃO, QUANDO APARENTEMENTE PARECE TERMINAR ESTA ATITUDE DE VIOLÊNCIA
Quando o agressor atuou com violência e se arrependeu, a vítima e outros que ajudaram no caso, podem equivocadamente passar à inação e dar o caso por solucionado. Não é bem assim. Daí devermos advertir:
1. Que esta fase de violência pode ser cíclica. No momento menos pensado pode aparecer.
2. As vítimas podem ser objeto de algum tipo de terapia. Isto deve incluir sessões individuais e de grupo.
3. A igreja, a escola e os amigos devem continuar concedendo apoio.
4. Deve-se ter cuidado para que a vítima não retorne muito rápido à casa, até estar segura de que o agressor está consciente de que não se aceitará seu comportamento.
CONCLUSÃO
A. O MELHOR É PREVENIR A VIOLÊNCIA
1. Para os bebês
Eles precisam crescer com uma boa auto-imagem; crescendo em amor e com o apoio da família e dos amigos.
2. Para as crianças.
a) Elas devem ser ensinadas a fazer boas decisões.
b) Deve-se ensinar-lhes como expressar sua frustração e a ira.
c) Não se deve fomentar, justificar o temperamento rebelde. Deve-se saber dobrá-lo com amor e firmeza.
3. Para os adolescentes.
a) Durante a adolescência podemos detectar os traços de personalidade que podem conduzir à violência.
b) Lembrar que a violência aflora e se expressa na etapa de enamoramento em uns 30% a 40%.
c) Deve-se cultivar a forma correta de comunicar-se entre irmãos carnais e entre colegas de classe.
d) O aconselhamento é uma forma de ajudar à prevenção.
4. Para os casados.
Eles necessitam participar de seminários de Enriquecimento Matrimonial
a) Devem aprender a como resolver pequenos e grandes conflitos.
b) Devem compreender os defeitos de seu próprio temperamento natural, conhecendo os ciclos da violência.
c) Devem viver com Cristo e o Espírito Santo cada dia, para que seja o Senhor quem controle nossos temperamentos. Leiamos juntos Filipenses 2:4.